terça-feira, 3 de março de 2015

O LEVANTE DOS CAMINHONEIROS DO BRASIL




Durante a última semana de fevereiro, vários caminhoneiros bloquearam diversas rodovias importantes por todo país, também fecharam portos e centros de distribuição. Uma reação contra os roubos da Petrobrás que ocasionaram no aumento nos preços dos combustíveis, inclusive o óleo diesel utilizado nos caminhões

Seguindo o exemplo das últimas manifestações populares, os bloqueios realizados pelos caminhoneiros, aparentemente, não foram organizados por nenhum sindicato ou associação dirigida por oportunistas eleitorais.

Uma manifestação aparentemente espontânea, de origem principalmente econômica, fez a sociedade enxergar a política do velho Estado brasileiro; de fazer o povo pagar a conta dos roubos cometidos pelos partidos e seus políticos e depois responder qualquer reivindicação popular com violência policial.

Porém, a medida que o velho Estado dos latifundiários, da grande burguesia e serviçal do imperialismo (EUA) continua aumentando suas medidas anti-povo, com aumentos de impostos, cortes de verbas, cortes nos direitos trabalhistas, extermínio da juventude pobre e repressão contra movimentos populares e seus ativistas, a cada dia o povo prepara sua justa rebelião popular.

Aos poucos, mas com muita contundência, uma nova onda de manifestações populares se desenvolve de forma combativa e independente. Enquanto o velho Estado segue aprisionando ativistas políticos no Rio de Janeiro e matando lideranças camponesas por todo campo brasileiro, os professores paraenses realizam uma combativa greve histórica e os caminhoneiros paralisam as rodovias. Por mais que o gerenciamento oportunista de Dilma Rousseff (PT, PCdoB, PMDB, PTB, etc) segue perseguindo, criminalizando e reprimindo os movimentos populares no campo e na cidade, estes crescem, desenvolve-se e multiplicam-se aos milhares.

Fazia décadas que o rechaço ao oportunismo, a desilusão com o velho Estado e a confiança na luta popular não eram tão intensas no sentimento das massas brasileiras. O povo já não aceita docilmente a velha ordem de antes e velho Estado já não consegue impor sua ordem decadente ao povo sem fazer uso da força. 

A conclusão que podemos identificar diante desta situação é de que as brasas das justas rebeliões populares irão acender os faróis de um grande processo revolucionário por todo o país. Pois, as classes oprimidas do Brasil estão condenadas a destruir suas classes opressoras, “por mais que demore, vamos triunfar!”[i].


[i] Conquistar a Terra (Hino das Ligas dos Camponeses Pobres);

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