Durante a última semana de fevereiro, vários caminhoneiros
bloquearam diversas rodovias importantes por todo país, também fecharam portos
e centros de distribuição. Uma reação contra os roubos da Petrobrás que ocasionaram
no aumento nos preços dos combustíveis, inclusive o óleo diesel utilizado nos
caminhões
Seguindo o exemplo das últimas manifestações populares, os
bloqueios realizados pelos caminhoneiros, aparentemente, não foram organizados
por nenhum sindicato ou associação dirigida por oportunistas eleitorais.
Uma manifestação aparentemente espontânea, de origem
principalmente econômica, fez a sociedade enxergar a política do velho Estado
brasileiro; de fazer o povo pagar a conta dos roubos cometidos pelos partidos e
seus políticos e depois responder qualquer reivindicação popular com violência
policial.
Porém, a medida que o velho Estado dos latifundiários, da
grande burguesia e serviçal do imperialismo (EUA) continua aumentando suas
medidas anti-povo, com aumentos de impostos, cortes de verbas, cortes nos
direitos trabalhistas, extermínio da juventude pobre e repressão contra
movimentos populares e seus ativistas, a cada dia o povo prepara sua justa
rebelião popular.
Aos poucos, mas com muita contundência, uma nova onda de
manifestações populares se desenvolve de forma combativa e independente.
Enquanto o velho Estado segue aprisionando ativistas políticos no Rio de
Janeiro e matando lideranças camponesas por todo campo brasileiro, os
professores paraenses realizam uma combativa greve histórica e os caminhoneiros
paralisam as rodovias. Por mais que o gerenciamento oportunista de Dilma Rousseff
(PT, PCdoB, PMDB, PTB, etc) segue perseguindo, criminalizando e reprimindo os
movimentos populares no campo e na cidade, estes crescem, desenvolve-se e
multiplicam-se aos milhares.
Fazia décadas que o rechaço ao oportunismo, a desilusão com o
velho Estado e a confiança na luta popular não eram tão intensas no sentimento
das massas brasileiras. O povo já não aceita docilmente a velha ordem de antes
e velho Estado já não consegue impor sua ordem decadente ao povo sem fazer uso
da força.
A conclusão que podemos identificar diante desta situação é
de que as brasas das justas rebeliões populares irão acender os faróis de um
grande processo revolucionário por todo o país. Pois, as classes oprimidas do
Brasil estão condenadas a destruir suas classes opressoras, “por mais que demore, vamos triunfar!”[i].
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